O que é o Sistema cram down?
O
cram down define-se como expediente jurídico, de origem norte-americana, que faculta ao juiz aprovar o plano de recuperação judicial antes rejeitado por uma classe de credores.
O que vem a ser cram down para recuperação judicial?
O Instituto do
Cram Down é um termo utilizado na doutrina Americana, sem possibilidade de tradução fiel, segundo o qual possibilita ao juiz impor, aos credores discordantes, a aprovação do plano apresentado pelo devedor e já aceito pela maioria.
São requisitos para o cram down?
Quando aplica a regra do “
cram down”. Nesse caso, o juiz pode conceder a recuperação judicial se houver três fatos conjuntos – voto que abarque mais da metade do valor da dívida, aprovação de pelo menos duas classes de credores e na classe em que houve rejeição, concordância de mais de um terço.
Quando ocorre o cram down na recuperação judicial?
No processo de
recuperação judicial, após a empresa ajuizar o pedido e ter deferido o seu processamento, abre-se um prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação da decisão de deferimento, para a apresentação do plano de
recuperação judicial.
Onde está previsto e em que consiste a Cram Down no direito brasileiro?
O
Cram Down origina-se do
direito americano e
consiste em uma faculdade dada ao juiz em aprovar o plano de recuperação judicial rejeitado por alguma classe de credores, desde Page 11 que se verifique a viabilidade econômica daquele plano e a necessidade de se tutelar o interesse social vinculado à preservação da ...
Quais são e explique o que é e quais os requisitos do Cram Down?
O
Cram Down é um instituto criado para a proteção da atividade empresarial, tendo em vista que, via de regra, não havendo aprovação do plano de recuperação nos termos do artigo 45 da Lei 11.101/2005 em comento, decretar-se-ia a falência.
Que recurso é cabível para impugnar uma sentença em processo falimentar?
Qual o
recurso de que se pode valer o credor contra a
sentença denegatória da falência? Em relação a
sentença que denega o pedido de falência, poderá ser interposto, pelo credor, o
recurso de apelação, no prazo e segundo o procedimento previsto no Código de
Processo Civil.
O que acontece quando o plano de recuperação judicial é rejeitado pela assembleia de credores?
A rejeição do
plano de recuperação, em
assembleia geral de
credores, terá por consequência a
falência do devedor (art. 73, III da Lei 11.101/2005). ... 58, § 1º da Lei 11.101/2005, o que acarretará na aprovação do
plano, mesmo que
rejeitado pelos
credores.
O que ocorre após a aprovação do plano de recuperação judicial?
A
aprovação do plano de recuperação implica na novação dos créditos anteriores ao pedido, e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos (art. ... A rejeição do
plano de recuperação, em assembleia geral de credores, terá por consequência a
falência do devedor (art. 73, III da Lei 11.101/2005).
O que é o plano de recuperação extrajudicial?
A
recuperação extrajudicial é ferramenta alternativa e prévia à
recuperação judicial, que permite a negociação direta e
extrajudicial da devedora com seus credores e cujo acordo pode ser submetido à homologação judicial. Este é o tema deste verbete.
O que é plano especial de recuperação judicial?
Conforme abordado anteriormente, a
recuperação judicial especial (RJE), em linha com os princípios atribuídos ao PLC 71/2003 [4], visa a viabilizar a
recuperação das micro e pequenas empresas por meio da facilitação e desburocratização do procedimento ordinário previsto na LFRE.
Qual o recurso cabível para impugnar a sentença que concedeu a recuperação judicial e quem poderá propô lo?
59, § 2º da Lei 11.101/2005: "Contra a decisão que conceder a
recuperação judicial caberá agravo, que
poderá ser interposto por qualquer credor e pelo Ministério Público".
Qual o recurso cabível da sentença de homologação do plano de recuperação judicial?
O processo de
recuperação extrajudicial é sempre julgado por
sentença, que homologa o
plano ou rejeita o
plano e extingue o processo sem resolução do mérito. O
recurso cabível contra a
sentença que homologa ou rejeita o
plano será sempre a apelação, nos termos do art. 164, § 7º, da Lei 11.101/2005.
O que é necessário para que um plano de recuperação judicial seja aprovado em assembleia?
A lei determina que o
plano de recuperação deve conter laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada (art. 53, III, da Lei 11.101/2005).
O que acontece depois da assembleia de credores?
Após a suspensão, a
assembleia deverá ser encerrada em até 90 (noventa) dias contados da data de sua instalação (art. 56, § 9º, da lei 11.101/05). Encerrados os debates com relação ao plano, os
credores irão votar pela aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação apresentado pelo devedor (art.
O que ocorre se for apresentada alguma objeção por parte de qualquer credor ao plano de recuperação judicial?
Havendo
objeção de
qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia geral de
credores para deliberar sobre o
plano de recuperação. ... Rejeitado o
plano de recuperação pela assembleia geral de
credores, o juiz decretará a falência do devedor.
Quando se encerra a recuperação judicial de uma empresa e quais os passos processuais após isso?
Ao Judiciário, bem como aos credores, cabe a fiscalização do cumprimento. O descumprimento do plano acarreta a conversão da
recuperação em falência. Já o cumprimento das obrigações, em seu devido prazo, resulta em sentença que decreta o encerramento das fases do processo de
recuperação judicial.
Quais as formas de recuperação extrajudicial?
A
recuperação extrajudicial é um acordo privado, entre devedor e credor. Uma proposta de
recuperação apresentada para um ou mais credores, fora da esfera judicial. Pode ser proposta em qualquer condição, a qualquer credor, desde que não haja impedimento legal.
Quais as características da recuperação extrajudicial?
A
recuperação extrajudicial é uma alternativa prévia à
recuperação judicial, pois pressupõe uma situação financeira e econômica compatível com uma renegociação parcial, envolvendo credores selecionados, aos quais o devedor propõe novas condições de pagamento.
Qual a diferença entre o plano de recuperação especial é o comum?
A grande
diferença entre o plano especial e o
plano normal de
recuperação judicial, portanto, é que naquele a própria lei já estabelece como será o
plano (parcelamento
em até 36 vezes, juros equivalentes à SELIC e carência de até 180 dias), enquanto neste o devedor é livre para estabelecer suas condições (ver art.